A Morte Te Dá Parabéns (Happy Death Day)
Seu aniversário nunca mais será o mesmo!
Uma má divulgação somado ao descaso dos cinemas brasileiros deu a este filme uma estreia tímida e contida mas será que uma protagonista presa em um loop temporal do dia de sua morte conseguiu fugir do clichê do subgênero?
O filme propõe uma trama simplista: uma colegial deve reviver o dia de seu assassinato em um loop que só terminará quando descobrir quem é seu assassino. Sendo assim somos apresentados ao dia de Tree (interpretada de forma bem satisfatória por Jessica Rothe), uma colegial que acorda na cama de um estranho chamado Carter (Israel Broussard) e segue o dia com umas atitudes bem... questionáveis, seja se envolvendo com um professor casado ou sendo uma completa babaca.
De fato, poucos personagens apresentados são boas pessoas, o que não cria empatia com praticamente nenhum personagem.
Seguindo o dia de Tree descobrimos que é seu aniversário e vemos ela ser assassinada. Assim o ciclo se inicia e após alguns ciclos ela decide descobrir quem a matou com a esperança que o loop termine. Com o passar dos ciclos podemos notar o crescimento da personagem, ela vai cada vez revendo suas atitudes e se tornando uma pessoa melhor.
O filme se torna muito satisfatório e tem muitos pontos positivos mas também peca em alguns aspectos. A revelação do assassino é surpreendente porém a motivação do vilão é meio decepcionante e até a protagonista tem a mesma reação do público.
O filme também sofre um pouco com a mistura de gêneros, ele traz os pontos positivos do terror slasher e um pouco de humor negro mas erra ao trazer alguns dos pontos negativos como um assassino super poderoso e às vezes meio caricato, além de alguns personagens rasos que não influenciam em nada na trama. Outro lado negativo são alguns vícios narrativos e estruturais comuns a filmes de terror e suspense.
Dito isso, podemos ressaltar os pontos positivos como, por exemplo, o roteiro que surpreende com algumas inovações e uma boa reviravolta. O filme não perde tempo explicando como o loop acontece e considero isso como um ponto positivo pois muitos filmes acabam decepcionando justamente por criar explicações absurdas. Uma ótima sacada e original foi a protagonista sempre voltar mais fraca após cada morte.
Outro ponto bastante positivo são as cenas de perseguição que são bem estruturadas e até agonizantes, em sua maioria. O crescimento de Tree é bem feito e passa a mensagem de melhora pessoal mas não se deixe enganar, o filme passa isso de forma sutil.
A atriz Jessica Rothe cumpre bem seu papel e tem ótimas nuances, sendo uma garota babaca, uma garota assustada ou ainda mostrando nuances de felicidade. Israel Broussard cumpre seu papel como coadjuvante e interesse amoroso de forma satisfatória e isso dá um certo charme a produção, visto que atores competentes assumem a produção.
Enfim, mesmo com alguns tropeços e clichês narrativos o filme se torna um acerto e uma ótima adição para uma noite de sábado. E sejamos sinceros, precisamos de mais filmes de terror que sejam bons e não apenas jump scare e, neste quesito A morte te dá parabéns é um grande acerto.
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O que faria se estivesse preso em um loop do dia de sua morte?
Até a próxima!
See you soon!
Não assisti o filme e sequer havia ouvido falar mas após a leitura da resenha, fiquei com a impressão de ser um filme interessante muito embora eu seja bastante refratarre a filmes do gênero. Agora mais uma vez quero dar meus parabéns ao resenhista, texto agradável, redondo.
ResponderExcluirAgradeço seu feedback e fico feliz que tenha gostado de minha resenha.
ExcluirO filme foi uma bela surpresa pra mim, indico ele para uma boa noite de sábado.
parece legal
ResponderExcluirEstava com expectivas 0 pra esse filme, mas após ter lido essa resenha irei dar uma chance.
ResponderExcluirNão sou a morte, mas te dou parabéns pelo ótimo review :D