Godzilla e Kong || A consolidação de um universo de monstros

O que um rei pode fazer a um deus?!


   Com o trailer de Godzilla vs Kong a internet foi a loucura, gerando inúmeros debates sobre quem sairá vitorioso desse embate de titãs, mas e aí, já assistiu os filmes anteriores desse universo? Gosta deles?

Você torce pro Godzilla ou Kong?

Sem spoilers. 

 

   Em 2014 a Legendary lançou Godzilla, o primeiro passo para a construção de um universo expandido de monstros, seu segundo passo foi com Kong: A Ilha da Caveira em 2017 que reimaginou Kong como parte desse universo e o transformou em um titã (o que ainda não é totalmente claro). O terceiro passo foi com Godzilla: Rei dos Monstros em 2019 que consolidou de vez que os titãs dominam o mundo e nós simplesmente vivemos nele, o último passo (até então) está sendo dado com Godzilla vs Kong que estreia ainda em 2021. Como preparação para a empolgação de monstros gigantes brigando relembre (ou conheça) comigo todos os filmes agora!

  Godzilla (2014)


   Adaptações norte americanas de Godzilla passaram por um período conturbado, Godzilla de 1998 foi um fracasso de público e crítica principalmente pelos realizadores não conhecerem o monstro retratado e o transformar em um tipo de dinossauro genérico. Mesmo que uma série animada conserte alguns erros e melhore tal versão o estrago foi feito e isso deixou novas adaptações no limbo até que em 2014 a Legendary lançou Godzilla, uma nova versão que propôs honrar o legado e importância do kaiju (agora chamado de titã) com uma nova abordagem. Eis o trailer:

 


   Godzilla (2014) cumpre o que propõe e mesmo com alguns pontos negativos nos deu um bom ponto de partida para um universo de titãs, mostrando uma versão bem maior que o costume e bem poderosa. O filme dá uma nova origem ao monstro que é ótima e mostra um universo rico além de definir que Godzilla preza pelo equilíbrio, ele sempre se ergue para manter o equilíbrio e deixa claro que ele é um predador alfa.

   O filme é todo na perspectiva humana, como o mundo e os humanos lidam com o surgimento de monstros gigantes, o que é um bom acerto porém acaba focando muito nisso e deixando as criaturas de lado. Além de Godzilla temos os MUTO (Organismo Terrestre Massivo Não Identificado) que servem de antagonistas e foram criados para o filme, não tendo contraparte japonesa.

   O filme começa ótimo mas ao focar muito nos humanos perde ritmo e demora a engrenar, onde os monstros demoram muito a aparecer e quando aparecem são sempre por partes ou desfocados. Godzilla demora muito a aparecer em sua totalidade o que pode gerar certa decepção porém quando finalmente aparece é de arrepiar.

   Além do ritmo lento, o filme engata muito tempo para introduzir a família que será condutora da trama mas fora o personagem de Bryan Cranston nenhum outro é tão interessante e ficamos até entediados e ansiosos para mais cenas com os titãs. Outra figura importante é Dr. Serizawa que aparece como representante da empresa Monarch que tem como objetivo estudar os titãs e entender melhor o papel deles.

   Posso citar duas cenas que arrepiam: uma quando Godzilla é mostrado de corpo todo e solta o rugido, outra quando seu rabo aparece brilhando e vai mostrando suas placas dorsais acendendo e ele finalmente solta o bafo atômico... Arrepio só de lembrar.

 

Kong: A Ilha da Caveira (2017)


   O filme se passa nos anos 70, assim apresentando novos conceitos e reafirmando outros mostrados em Godzilla além de enriquecer esse universo, como o filme se passa no passado (Godzilla se passa em 2014) ele abre portas para explorar temas e expandir conceitos além de criar ótimas ideias a serem exploradas no futuro e mesmo que usem isso para mudar coisas já estabelecidas causando confusão (ou até coisas que não fazem sentido) o filme é um ótimo acerto e extremamente divertido.

   Kong tem aqui uma nova origem e mitologia, o que é um dos maiores acertos do filme e se no filme anterior os humanos eram o problema, aqui eles são um acerto onde funcionam muito bem e rendem ótimos momentos.

   O elenco do filme é ótimo e cheio de bons nomes tais como Brie Larson, Tom Hiddleston, Samuel L. Jackson, John C. Reilly e John Goodman. A química entre eles é muito boa e todos acrescentam bem ao filme e sua proposta, cada um possui uma personalidade própria que dão charme a produção. Aliás, o filme possui ótimas referências a Apocalypse Now.

   Se em Godzilla (2014) eles focaram em ser um filme sério e de tragédia, aqui o clima é outro: prezam a diversão e abusam de cores além de criaturas com ótimo visual. O visual do filme é ótimo, lindo e com uma fotografia inspirada. É como se a ilha fosse um personagem vivo.

   O filme tem alguns problemas como a previsibilidade do roteiro e soluções bobas mas como o clima é tão otimista e divertido que deixamos passar a maioria deles.

    Kong aqui é enorme e muito maior que as outras versões, sendo muito mais humano que um gorila propriamente dito e seu visual é ótimo, cada detalhe desde cicatrizes dizem muito sobre o personagem. E é dito que ele ainda é jovem e está crescendo, o que explica ele estar tão grande no trailer de Godzilla vs Kong.


Godzilla: Rei dos Monstros (2019)

 

   Godzilla: Rei dos Monstros se passa 5 anos após seu antecessor e mostra o quanto a Monarch expandiu seu estudo sobre os titãs e o quanto o governo quer acesso a esses dados, se no anterior o conhecimento de Godzilla, MUTO e outros titãs eram limitados aqui se mostram extremamente detalhados.

   Se em Godzilla (2014) os humanos eram um misto de acerto e erros e em Kong: A Ilha da Caveira (2017) eram um acerto, aqui são um erro grande e acabam sendo a parte mais desnecessária do filme. Se em Kong eles já mudavam aspectos da mitologia aqui eles mudam tanto que fica até meio bizarro e se não fossem os humanos fazendo burrice o filme seria facilmente resolvido.

   Dr. Serizawa continua sendo o único humano lúcido e inteligente, o resto é todo descartável e chega num momento que ficamos irritados com o arco dos humanos que não faz nenhum sentido. Se os humanos são ruins por outro lado os titãs são incríveis, todos os novos são muito bons e tem características próprias além de serem instigantes.  

   Temos aqui muitos novos titãs e a maioria tem contraparte japonesa como é o caso de Ghidorah e Rodan, os antagonistas do filme. Ghidorah é colossal além de ser um predador alfa que desafia Godzilla pelo título de rei dos monstros.

   O embate das criaturas é ótimo e mesmo que alguns sejam envoltos por poeira e névoa ainda assim empolgam, o filme ainda mantém alguns dos problemas do primeiro ao mostrar pedaços da luta na perspectiva humana o que quebra o clima e ao invés de criar empatia pelos humanos causa o oposto.

   Godzilla aqui volta como agente do equilíbrio e está incrível, colossal, poderoso e provando ser o grande rei que merece seu posto, inclusive a nova habilidade que ele mostra na batalha final é linda e incrível.


    Estes foram os filmes anteriores deste universo e temos Godzilla vs Kong chegando, o que está deixando todos loucos... O trailer lançado é muito empolgante e totalmente tendencioso puxando pro lado do Kong, que pode ser visto a seguir.


   Vocês estão empolgados para Godzilla vs Kong? Estão torcendo pra quem? Mesmo amando os dois e após ver os filmes tenho de dizer... sou time Godzilla!


 

 Mas é aí, já assistiram aos filmes? Gosta deles?

 Quer mais conteúdo sobre Godzilla e monstros gigantes?

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Até a próxima!

See you soon!  

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